Um dos fatores fundamentais para a saúde mental é a sinceridade e honestidade com você mesmo. É a habilidade de encarar as coisas de frente, como ele é e reconhecer o que você está pensando e sentindo. Sem desculpas, justificativas ou vitimização, e sem responsabilizar ninguém.

A habilidade de ser honesto e sincero com você é fundamental para reconhecer e se responsabilizar pelos seus comportamentos, vícios, procrastinação, obsessão, preocupação excessiva, ansiedade e qualquer tipos de situação que você viva.

Olhar para fora, para o outro, criticar, julgar, se comparar e querer dar conselhos é algo superficial, externo e uma tentativa de controle. Estamos em uma época em que a imagem vale mais do que a sinceridade e a honestidade, em que a narrativa vale mais que os fatos. Podemos chamar de “fingimento endêmico”

Não sou responsável pela minha vida, por quem sou, pelo que penso, pelo que sinto, pelo que falo, pelo que faço. Crio as histórias para justificar o que faço e falo coisas para agradar aos outros.

Não quero conflitos, não quero discussões, quero apenas cuidar da minha vida e nada mais me importa. Quero “estar bem” com a imagem que passo para os outros.

A doença da normose (normalidade) se baseia no “fingimento endêmico” se alastra cada vez. mais.

Como reconhecer o “fingimento endêmico”: excessos de pensamentos e preocupações (principalmente com o futuro e o que os outros vão pensar de mim), sensação de estar sempre ocupado, de que sou o centro do mundo, sempre pensando no futuro, irritação, isolamento, ansiedade, insônia ou sono demais, comer excessivamente, muito tempo de rede social e tecnologia, cansaço, enjoo mental, impaciência, falta de foco, e uma enorme FALTA DE SENTIDO em que faço e como vivo.

A mentira se tornou verdade e a verdade se tornou esquecida. Foi deixada de lado. O que importa é se eu falo o que os outros querem ouvir. Se eu sou reconhecido, se recebo like, curtidas, se eu agrado.

O “fingimento endêmico” é perverso, é psicótico, é destruidor. Olhar para dentro de si se tornou obsoleto, uma perda de tempo, um sofrimento desnecessário e inútil.

Em tempos de rede social, I.A. e de grande preocupação com a sua imagem e status, temos uma grande oportunidade de nos voltarmos para dentro e nos conectarmos ao que realmente importa. Ao que realmente é fundamental: Nosso amor-próprio, o sentido de nossa vida, os vínculos afetivos, com a família, amigos e pessoas que temos afinidade. Aprender a servir e ser útil as pessoas, seja qual for o trabalho que fizer. Se fizer pensando em servir e ser útil, você expressará a sua verdadeira personalidade e sentirá um enorme bem-estar e realização.

O mercado, os profissionais do mundo corporativo dizem que este ano é o ano da I.A. e de suas grandes realizações.

Eu penso que este ano é o ano decisivo para que você cuide de sua saúde mental, através do autoconhecimento, da contemplação, do silêncio e da objetividade da sua relação com o mundo, sem permitir que o seu ego tome conta da sua vida. Procure a prática da escuta ativa da sua Consciência, da sua Sabedoria que habita dentro de você. Tenha cuidado com seu ego e as suas implicações relacionais.

O ego é um excelente funcionário, mas um péssimo patrão!