O atual sócio gestor de Pinheiro Neto Advogados, Alexandre Bertoldi, está à frente de uma das mais reconhecidas banca de advogados no Brasil. Especialista em advocacia empresarial, Alexandre é conhecedor das burocracias brasileiras no que tange a constituição de empresas, fusões e aquisições (“M&A”) e investimentos estrangeiros no país.
A banca que ele comanda, foi a pioneira na implantação da atividade Paralegal, através do Dr. José Martins Pinheiro Neto KBE. Atualmente, a banca terceiriza parte das demandas paralegais.
É, nesta seara, que seguirá a entrevista, com a ilustre participação do Alexandre Bertoldi.
1. Na opinião do senhor, quais as vantagens para o jurídico contratar paralegais terceirizados e quais os principais requisitos para contratação?
R. A grande vantagem é ter acesso a um serviço especializado, que não é a atividade principal do jurídico e de um escritório de advocacia. Acredito que se ganhe em eficiência e custos. Entendo, porém, que é necessária uma análise cautelosa ao se contratar qualquer prestador de serviço, deve-se procurar credibilidade e reputação.
2. Quais as principais dificuldades que o jurídico manifesta ao realizar procedimentos burocráticos de legalização das empresas nos órgãos públicos ou autarquias, que poderiam ser evitados com a contratação de paralegais?
R. Entendo que existe a ineficiência natural de se realizar uma tarefa que não faz parte de sua rotina. Além de se gastar mais tempo, acredito que pode haver um impacto no custo da tarefa.
3. Em outros países, muitos escritórios de advocacia e empresas internacionais recorrem à terceirização de paralegais. O objetivo principal é a redução das despesas e aproveitamento dos seus integrantes nas atividades fim. O Pinheiro Neto está satisfeito em utilizar serviços paralegais no Brasil?
R. Sem dúvida alguma, para nós foi um movimento muito acertado. Há alguns anos decidimos tomar esse rumo e não temos dúvidas quanto ao acerto dessa medida.
4. Especificamente sobre a PLBrasil, formada basicamente por ex-integrantes dessa renomada banca, em 2014 ela figurou entre as pequenas e médias empresas que mais cresceram no Brasil em seu segmento, segundo a revista Exame e auditoria da Deloitte. O Pinheiro Neto, um navio-escola para muitos profissionais e com diversas premiações anuais, nacionais e internacionais, tem participação especial neste prêmio. Quais as recomendações que o Sr. poderia dar às empresas paralegais brasileiras para expandir suas marcas no Brasil e exterior?
R. Qualquer empresa que queira consolidar sua credibilidade tem que se apoiar em excelência, confiabilidade e atendimento. Essa receita é infalível.
5. Uma questão polêmica: Qual a sua opinião sobre a aprovação do PL 5.749/13 que cria a carreira dos paralegais, profissionais que poderão atuar na carreira jurídica sob a responsabilidade de um advogado e que permitirá que milhares de bacharéis sem inscrição na OAB exerçam atividades que hoje não são permitidas?
R. Não conheço a PL 5749/13 a fundo, portanto fica difícil para eu opinar sobre o assunto. Conceitualmente, acredito que a reforma deveria começar pelas faculdades de Direito – se no Brasil conseguíssemos atingir um padrão satisfatório de ensino, o exame da Ordem seria de fato desnecessário. Não é a situação atual, com faculdades graduando bacharéis sem atender a critérios e padrões mínimos de formação.
6. As perspectivas econômicas e políticas do Brasil não estão num momento favorável. Qual a sua perspectiva para o setor jurídico nos processos de M&A e IED no segundo semestre desse ano, em comparação aos anos anteriores?
R. É claro que o momento para IED e M&A não é tão favorável quanto já foi recentemente, mas sou otimista: acho que a desvalorização do dólar e a reprecificação dos ativos no Brasil vai incentivar o investimento estrangeiro, bem como haverá consolidação em vários setores. Acredito, sinceramente, em um final de ano melhor e em um 2016 melhor ainda…
7. Para encerrarmos essa entrevista, qual aspecto mais gratificante em sua profissão, como membro líder e advogado de um dos mais renomados escritório de advocacia?
R. Acredito que seja a oportunidade de trabalhar em um ambiente muito bom, cuidando de assuntos interessantes e convivendo com pessoas inteligentes e comprometidas. Acredito, sinceramente, ser um privilégio trabalhar nessas condições.
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